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Fúria do Sol atinge satélite que orbita Vênus e o deixa às cegas Tempestade solar violenta ainda não causou danos na Terra
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Enquanto os terráqueos aguardam com apreensão potenciais danos ligados a uma das maiores tempestades solares dos últimos anos, em Vênus os problemas já começaram. A atividade aumentada do Sol está atrapalhando o funcionamento da sonda europeia Venus Express. Seus dois rastreadores estelares pifaram depois de uma erupção solar no dia 6. A espaçonave usa essas câmeras para verificar a posição das estrelas e, com isso, orientar seu posicionamento em órbita. É mais ou menos o mesmo procedimento adotado pelos antigos navegadores, que usavam as estrelas como referência. A atividade solar, que vem aumentando nos últimos tempos e é mais problemática em Vênus do que na Terra (uma vez que aquele planeta está mais perto do Sol), já causou panes temporárias da Venus Express antes. Entretanto, o recorde de interrupção das operações dos rastreadores foi de 32 horas. A atual parada é o novo recorde e completou mais de 40 horas na tarde de ontem. Foram interrompidas as observações científicas da sonda, enquanto o controle da missão trabalha para preservar a espaçonave. A torcida é para que, a exemplo das panes anteriores, o dano seja temporário. "O longo tempo inoperante e o fato de os dois sensores terem parado simultaneamente são preocupantes", diz Petrônio Noronha de Souza, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo ele, é difícil fazer previsões. "Pode ser um fenômeno transitório, até que o Sol se acalme, mas também pode haver um dano permanente na circuitaria do sensor", o que seria bem mais complicado para a sonda. Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
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