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Desidratação foi agravante para mortalidade

DE SÃO PAULO

De acordo com Wladimir Alonso, a pesquisa em documentos históricos pode levantar evidências importantes sobre, por exemplo, os fatores que aumentam o risco de morte em pandemias.

Os autores do estudo descobriram que a poluição do ar pode aumentar a possibilidade de morte no caso de contato com o vírus da influenza.

"Podemos dizer isso com bastante confiança", afirma Alonso.

"Aqueles marinheiros que trabalhavam nas caldeiras a vapor -foguistas e os oficiais engenheiros de máquinas- foram os mais afetados no dramático episódio em Dacar."

Também existem indícios de que a mortalidade tenha sido agravada pela desidratação que ocorreu devido à quarentena imposta à flotilha brasileira.

SEGUNDA ONDA

Outro fator que não pode ser descartado como um agravante adicional, segundo Alonso, é o fato de que o Brasil aparentemente escapou à primeira onda da pandemia.

"Isso pode ter reduzido a imunidade à segunda onda -mais severa- dessa pandemia."

Segundo ele, registros históricos originais são uma fonte de informação científica preciosa e ainda pouco explorada.

"A análise de dados da Marinha Brasileira foi consequência dessa procura por registros precisos do evento tão impactante que foi a gripe espanhola' de 1918. Essa foi uma escolha afortunada, pois a armada possui um registro documental muito bom sobre a Divisão Naval brasileira enviada para participar na Primeira Guerra Mundial", afirma o pesquisador.

(RBN)

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