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GENÉTICA
Comparação com DNA de camundongo e homem terá aplicação médica
Genoma dos ratos já tem rascunho
MAGGIE FOX
DA REUTERS
O genoma (conjunto de genes)
do rato se juntou hoje à crescente
lista de criaturas cujo DNA foi
transcrito. Os especialistas dizem
que ele fará do rato de laboratório,
já tão apreciado pelos cientistas,
uma ferramenta ainda melhor para combater doenças humanas.
O rato é a terceira espécie de
mamífero a ter seu DNA seqüenciado em tal nível de detalhe, após
a conclusão do genoma humano
em abril de 2003 e a versão-rascunho do genoma do camundongo
em dezembro de 2002.
Ele confirma que o rato de laboratório é de fato uma boa escolha
para pesquisa médica. Quase todos os genes humanos associados
a doenças têm equivalente no genoma do rato, escrevem os pesquisadores na edição de hoje da
revista científica "Nature"
(www.nature.com).
"Esse é um investimento destinado a oferecer grandes recompensas na luta contra doenças humanas", disse Elias Zerhouni,
chefe dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA), órgão
responsável pela maior parte do
financiamento à pesquisa.
"Por cerca de 200 anos, o rato de
laboratório teve um papel valioso
nos esforços para entender a biologia humana e desenvolver novas e melhores drogas", completou. "Agora, armada com esses
dados de seqüenciamento, uma
nova geração de pesquisadores
será capaz de melhorar enormemente a utilidade dos modelos de
rato e, portanto, de melhorar a
saúde humana."
Os pesquisadores, liderados por
uma equipe no Centro de Seqüenciamento do Genoma, no Texas,
escolheram a espécie Rattus norvegicus para a pesquisa. Esse animal foi conhecido no passado por
infestar navios e é diferente dos
ratos negros, Rattus rattus, notórios por espalhar peste bubônica.
"À medida que avançamos sobre as fundações criadas pelo Projeto Genoma Humano, fica claro
que comparar o genoma humano
com os de outros organismos é a
ferramenta mais poderosa disponível para entender os complexos
componentes genômicos envolvidos na saúde e nas doenças humanas", diz Francis Collins, líder
do Instituto Nacional de Pesquisa
do Genoma Humano, nos EUA.
Ter o genoma de ratos, camundongos e humanos ajudará a fazer
comparações e descobrir de onde
vêm as diferenças entre esses três
animais, e quais são as características próprias de roedores e aquelas comuns a um grupo mais amplo de mamíferos.
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