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MCT diz que não conta com R$ 2 bi "congelados" nos fundos setoriais
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, afirmou
ontem no Rio, ao participar de
um fórum com secretários estaduais de Ciência e Tecnologia,
que o ministério vai trabalhar
com "pé no chão" com o orçamento da pasta para este ano.
Ele fez a afirmação após ser
questionado sobre assumir um
compromisso de liberar cerca de
R$ 2 bilhões da verba de fundos
setoriais acumulada desde 1999 e
contingenciada para ajudar no
ajuste fiscal do governo brasileiro.
"Vamos trabalhar, de forma objetiva e com o pé no chão, com o
orçamento que temos neste ano.
Já tivemos uma grande conquista
porque fomos o único ministério
que não teve corte orçamentário.
Tivemos do ministro [Antônio]
Palocci [Fazenda] a garantia de
que poderemos usar 100% dos recursos do orçamento dos fundos
setoriais", afirmou.
Segundo Campos, o orçamento
dos fundos setoriais neste ano será de R$ 600 milhões. "Acho que é
preciso ficar claro que, apesar de
todo o esforço feito pela equipe
econômica no ano passado para
gerar as condições para que o país
cresça neste ano, vamos duplicar
em 2004 os recursos dos fundos
setoriais em comparação com o
que foi gasto em 2002 [último ano
do governo FHC]", disse.
Os fundos setoriais foram criados em 1999. É cobrada uma taxa
de empresas estatais privatizadas
com o objetivo de garantir fluxo
constante de recursos para pesquisa. Há 15 fundos, dos quais 14
são administrados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (petróleo, energia e saúde, entre outros). O da área de telecomunicações é gerenciado pelo Ministério
das Comunicações.
O ministro afirmou também
que tem como meta o patamar de
US$ 100 milhões para investimento anual no programa espacial
brasileiro. Segundo ele, foi o
maior valor investido num único
ano em toda a história do programa, e o programa espacial já conta com metade desses recursos.
Ele afirmou ainda que espera
que a Lei de Inovação Tecnológica seja aprovada ainda neste semestre no Congresso.
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