São Paulo, terça-feira, 04 de abril de 2006

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BRASIL NO ESPAÇO

Astronauta relata seu primeiro sonho a bordo da Estação Espacial Internacional e diz que sentirá saudades de lá quando voltar

Pontes já concluiu 50% dos experimentos

SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os trabalhos da Missão Centenário vão de vento em popa, informa o astronauta brasileiro Marcos Cesar Pontes. "Já cumpri 50% do que estava previsto", disse ele ontem, durante uma entrevista coletiva via teleconferência, junto dos outros quatro tripulantes que no momento habitam a Estação Espacial Internacional.
Participaram do evento jornalistas nos dois centros de controle do complexo orbital, em Houston (EUA) e Korolev (Rússia). O destaque maior foi para a transição de comando da ISS, que até agora tem sido operada por Bill McArthur e Valery Tokarev (Expedição 12), mas será deixada aos cuidados de Pavel Vinogradov e Jeff Williams (Expedição 13), dupla que viajou junto com Pontes à estação, na Soyuz TMA-8.
"É uma experiência maravilhosa", relata o brasileiro, ao falar de sua estada a bordo. "Estou me divertindo muito. Eu vou sentir saudades disso em uma semana."
Inquirido pelos jornalistas, o brasileiro também relatou como foi seu primeiro sonho a bordo da ISS. "Essa é uma coisa interessante", diz. "Eu sonhei que estava voando, sozinho, sem avião. E então eu acordei e estava mesmo voando, sozinho."

Rotina
A programação de Pontes para amanhã não será muito diferente da de hoje. Ele voltará a trabalhar com cinco dos oito experimentos brasileiros e participará de uma sessão de radioamador.
Boa parte da entrevista coletiva esteve voltada para as duas tripulações fixas da ISS e da transição que se fará nos próximos dias. Quando perguntado sobre o que ele gostaria de adicionar à estação, se pudesse, Bill McArthur foi enfático: "Eu adicionaria mais pessoas". De fato, durante a missão de Vinogradov e Williams, a dupla será reunida a Thomas Reiter, alemão que também passará seis meses a bordo, restituindo as tripulações da estação a seu tamanho original -reduzido desde a perda do ônibus espacial Columbia, em 2003. "Esperamos que no futuro o tamanho da tripulação seja ainda maior", diz McArthur.


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