|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Contestação é "ruído", dizem empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Acel (Associação Nacional das Operadoras Celulares) diz que historicamente a
Abradecel e alguns pesquisadores agem como "perturbadores do sossego das pessoas" ao tentar estabelecer
uma relação entre celulares e
antenas de rádio-base e câncer e outras doenças.
"Em vez de fazer um trabalho sério, científico, eles vêm
produzindo esse ruído", afirma o presidente da entidade,
Ércio Zilli. De acordo com
ele, cerca de 1.500 estudos
coordenados pela OMS
apontam que não há riscos.
Zilli afirma não ver razão
para preocupação. Entretanto, ele ressalta que, se existe
algum receio, o governo deveria criar programas para
estudar a questão.
As operadoras não costumam comentar o assunto. A
TIM afirmou somente que as
"ERBs são equipamentos
instalados e homologados
segundo normas da Anatel".
A Claro e a Vivo preferiram
não se manifestar.
Robert Weinberg, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, pioneiro no isolamento dos genes de câncer,
afirma que embora tenha havido muita pesquisa, "a verdade é que ninguém, apesar
dos grandes esforços, produziu indicações conclusivas de
qualquer perigo".
Weinberg, que já foi contratado pela Motorola para
investigar o assunto, também opinou sobre o fato de a
Promotoria do Rio ter aberto
um inquérito para investigar
os riscos do celular. "Sempre
que algum estudo demonstrou um ou outro tipo de risco, tais observações revelaram-se irreproduzíveis. A
Promotoria pode investigar
o que desejar -a ciência só
não está lá para indicar eventuais efeitos nocivos", disse.
Uma revisão feita por um
grupo da área de radiação e
oncologia da Escola Médica
de Wisconsin (EUA), publicada em 2005 no "International Journal of Radiation
Biology", conclui: "Os dados
epidemiológicos para uma
associação causal entre câncer e radiofreqüência são fracos e limitados".
(AB)
Texto Anterior: Pesquisadores pedem restrições a a uso de celulares Próximo Texto: Frases Índice
|