São Paulo, domingo, 04 de maio de 2008

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Contestação é "ruído", dizem empresas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Acel (Associação Nacional das Operadoras Celulares) diz que historicamente a Abradecel e alguns pesquisadores agem como "perturbadores do sossego das pessoas" ao tentar estabelecer uma relação entre celulares e antenas de rádio-base e câncer e outras doenças.
"Em vez de fazer um trabalho sério, científico, eles vêm produzindo esse ruído", afirma o presidente da entidade, Ércio Zilli. De acordo com ele, cerca de 1.500 estudos coordenados pela OMS apontam que não há riscos.
Zilli afirma não ver razão para preocupação. Entretanto, ele ressalta que, se existe algum receio, o governo deveria criar programas para estudar a questão.
As operadoras não costumam comentar o assunto. A TIM afirmou somente que as "ERBs são equipamentos instalados e homologados segundo normas da Anatel". A Claro e a Vivo preferiram não se manifestar.
Robert Weinberg, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, pioneiro no isolamento dos genes de câncer, afirma que embora tenha havido muita pesquisa, "a verdade é que ninguém, apesar dos grandes esforços, produziu indicações conclusivas de qualquer perigo".
Weinberg, que já foi contratado pela Motorola para investigar o assunto, também opinou sobre o fato de a Promotoria do Rio ter aberto um inquérito para investigar os riscos do celular. "Sempre que algum estudo demonstrou um ou outro tipo de risco, tais observações revelaram-se irreproduzíveis. A Promotoria pode investigar o que desejar -a ciência só não está lá para indicar eventuais efeitos nocivos", disse.
Uma revisão feita por um grupo da área de radiação e oncologia da Escola Médica de Wisconsin (EUA), publicada em 2005 no "International Journal of Radiation Biology", conclui: "Os dados epidemiológicos para uma associação causal entre câncer e radiofreqüência são fracos e limitados". (AB)


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