São Paulo, domingo, 04 de setembro de 2011

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Diretor do serviço florestal defende modelo de negócio

DE CUIABÁ

Para o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Antonio Carlos Hummel, a estimativa de que algumas espécies de árvores não vão se recompor em 30 anos é certeira, mas não deve ser "motivo de alarme" para o setor.
Responsável pelo programa de concessão de Florestas Públicas Federais, Hummel argumenta que o manejo sustentável envolve hoje mais de 50 espécies, em um mercado "dinâmico".
"Daqui a 30 anos, o mercado será outro. Espécies que hoje são valorizadas podem perder espaço para outras. O importante é que o manejo continuará a ser um bom negócio, e a reserva de biodiversidade será mantida", diz.
Hummel afirma não ver risco de uma eventual queda de rentabilidade impulsionar a exploração ilegal. "Em 30 anos, o consumidor será muito mais exigente em relação à origem da madeira."
João Carlos Baldasso, presidente do Cipem (entidade que reúne oito sindicatos de madeireiros de Mato Grosso), diz que as constatações do estudo da USP serão "reguladas pelo mercado".
"Se faltar ipê, teremos outra madeira para ofertar, e ela será valorizada. Há poucos anos, ninguém diria que o cumaru teria a valorização que tem hoje."
Baldasso, que também preside o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, questiona o "espectro limitado" da pesquisa.
"Uma área de cem hectares em Paragominas não pode servir de base para toda a Amazônia", afirma.


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