São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2007

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Tempestades e tornados podem dobrar nos Estados Unidos até o fim do século

DA REDAÇÃO

Enquanto os Estados Unidos se isolam cada vez mais nas discussões sobre o aquecimento global, um novo estudo faz previsões catastróficas sobre os impactos das mudanças climáticas no país. O trabalho sugere que, com os cenários atuais de emissões de gases-estufa, a freqüência de condições que desencadeiam severas tempestades e tornados deve aumentar em mais de 100% no país até o final deste século.
Os autores, liderados por Robert Trapp, da Universidade Purdue, em Indiana, avaliaram duas condições típicas das tempestades: a energia dos raios e a variação na velocidade e na direção do vento. Normalmente grandes descargas energéticas e fortes variações no vento em uma área localizada promovem tempestades destrutivas.
A equipe trabalhou com modelos climáticos que consideram a elevação de temperatura entre 2C e 6C-prevista no relatório divulgado neste ano pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática). Os pesquisadores norte-americanos descobriram que este aquecimento já deve ser suficiente para aumentar o número de dias com essas condições meteorológicas.
O IPCC já havia apontado para este risco. O simples aumento do calor já deve incrementar o nível de precipitações. Mas as intrincadas condições atmosféricas que desencadeiam eventos mais extremos também podem ser afetadas, aumentando a chance de sua ocorrência.
Pelas previsões, divulgadas hoje na revista científica "PNAS" (www.pnas.org), algumas das cidades mais afetadas devem ser Atlanta e Nova York. Apesar de George W. Bush não ter dado inclinações de que vai discutir redução das emissões em Bali, isso poderia evitar o aumento das tempestades, concluíram os cientistas.


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