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Tempestades e tornados podem dobrar nos Estados Unidos até o fim do século
DA REDAÇÃO
Enquanto os Estados Unidos
se isolam cada vez mais nas discussões sobre o aquecimento
global, um novo estudo faz previsões catastróficas sobre os
impactos das mudanças climáticas no país. O trabalho sugere
que, com os cenários atuais de
emissões de gases-estufa, a freqüência de condições que desencadeiam severas tempestades e tornados deve aumentar
em mais de 100% no país até o
final deste século.
Os autores, liderados por Robert Trapp, da Universidade
Purdue, em Indiana, avaliaram
duas condições típicas das tempestades: a energia dos raios e a
variação na velocidade e na direção do vento. Normalmente
grandes descargas energéticas
e fortes variações no vento em
uma área localizada promovem
tempestades destrutivas.
A equipe trabalhou com modelos climáticos que consideram a elevação de temperatura
entre 2C e 6C-prevista no
relatório divulgado neste ano
pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática). Os pesquisadores norte-americanos descobriram que
este aquecimento já deve ser
suficiente para aumentar o número de dias com essas condições meteorológicas.
O IPCC já havia apontado para este risco. O simples aumento do calor já deve incrementar
o nível de precipitações. Mas as
intrincadas condições atmosféricas que desencadeiam eventos mais extremos também podem ser afetadas, aumentando
a chance de sua ocorrência.
Pelas previsões, divulgadas
hoje na revista científica
"PNAS" (www.pnas.org), algumas das cidades mais afetadas devem ser Atlanta e Nova
York. Apesar de George W.
Bush não ter dado inclinações
de que vai discutir redução das
emissões em Bali, isso poderia
evitar o aumento das tempestades, concluíram os cientistas.
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