São Paulo, sábado, 04 de dezembro de 2010

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USP de Ribeirão usa supercomputador contra a dengue

Aparelho vai mapear proteína que vírus da doença utiliza para agarrar célula humana

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Um supercomputador capaz de realizar quase um trilhão de cálculos por segundo é a principal arma de cientistas da USP de Ribeirão Preto que buscam um modo de contra-atacar a dengue.
Com o equipamento, eles tentam desvendar a estrutura da proteína E, responsável por ligar o vírus da doença à membrana das células humanas, e apontar uma forma de inibir sua atividade. A proteína é uma das dez diretamente envolvidas na fase inicial do processo de infecção pelos vários tipos de dengue.
De acordo com o coordenador da pesquisa, o professor Léo Degrève, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, a função do supercomputador é realizar cálculos que possam dar a exata dimensão, formação e estrutura da proteína.
Mesmo com o aparelho, segundo Degrève, é possível que sejam necessários quatro anos para caracterizar a proteína e sua estrutura.
No grupo, formado por 16 pesquisadores, há farmacêuticos que são responsáveis por identificar alguma substância capaz de interromper a contaminação.
"A descoberta das funções da proteína é um passo imprescindível para impedir a formação de novas partículas virais", disse o pesquisador. O supercomputador financiado pela Fapesp foi importado dos Estados Unidos ao custo de R$ 600 mil.
Ele possui capacidade de armazenamento de dados de 17 Tb, 472 Gb de memória RAM, 228 processadores e duas unidades GPU-GP de 448 processadores gráficos.


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