São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2008 |
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Grupo vai investir para compensar qualquer impacto, diz diretor da MPX DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
A direção da MPX nega que a termelétrica do Pecém vá causar danos ambientais ou sociais à localidade, como afirma a Defensoria Pública do Ceará. "Estamos preocupados em fazer mais do que o dever de casa", disse o diretor de Novos Negócios e Meio Ambiente da MPX, Paulo Monteiro. "Não vamos só cumprir as regras, vamos investir para compensar qualquer impacto ambiental que possa haver", afirmou. Segundo ele, 20% dos R$ 2 bilhões que serão investidos no projeto serão destinados à compra de equipamentos ambientais, para minimizar ao máximo a emissão de gases e metais poluentes no ar. Para o CO2, Monteiro afirma que não há equipamentos para contê-lo, mas diz que a MPX vai investir em um projeto piloto em que serão instaladas piscinas de algas que se alimentam de dióxido de carbono. De acordo com o professor da UFC (Universidade Federal do Ceará) Osvaldo Carioca, responsável pelo projeto, as algas vão capturar 30% do CO2 liberado pelo consumo do carvão. Segundo o defensor público Thiago Tozzi, autor da ação que tenta anular a licença ambiental do projeto, a idéia da piscina de algas não consta do relatório de impacto ambiental produzido pela empresa. Monteiro também negou que o consumo de água pela termelétrica possa comprometer o abastecimento local. "Não é quase nada de água. O consumo é ínfimo e já recebemos a outorga da Cogerh [Companhia de Recursos Hídricos do Ceará] para usá-la", disse ele. A Cogerh deu uma outorga à MPX de 500 l/s, volume que será usado na primeira etapa da termelétrica, para a geração de 720 MW de energia. Para a segunda etapa, serão necessários mais 300 l/s de água, segundo Monteiro. A Semace (Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará) disse que o processo para a concessão da licença ambiental é rigoroso, condicionado a medidas mitigadoras e a planos de monitoramento ambiental, e que foram realizadas audiências públicas para a discussão do projeto com a comunidade local. Texto Anterior: Poluição: Grupo pretende construir mais cinco plantas Próximo Texto: Aquecimento: Novo pacto climático é viável, diz ONU Índice |
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