São Paulo, sábado, 05 de junho de 2004

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AMBIENTE

Espécies em risco são ainda pouco compreendidas

ONU diz que pesca insustentável é maior ameaça à proteção de corais

Divulgação B. Willis/Science
Acropora millepora, que existe em simbiose com algas, na Grande Barreira de Corais


DA REUTERS

As Nações Unidas soaram o alarme sobre a saúde dos oceanos ontem, alertando que a pesca agressiva ameaça os pouco compreendidos corais, criaturas que podem até mesmo ser a chave para novos medicamentos.
A exploração de petróleo, o despejo de dejetos e a instalação de cabos de telecomunicação nas águas oceânicas apresentam riscos adicionais aos misteriosos corais de águas geladas, segundo um relatório divulgado por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, que é celebrado hoje.
Os corais, parentes de criaturas que constroem os mais conhecidos recifes tropicais, vivem em águas escuras a seis quilômetros de profundidade, mas são seriamente ameaçados pela pesca, segundo o relatório.
"É possível argumentar que a maior ameaça, tanto aos corais de águas geladas como o de águas quentes, está vindo da pesca insustentável", disse Klaus Töpfer, líder do Pnuma, órgão da ONU responsável pelo estudo.
"Estamos apenas começando a entender onde [os corais de águas geladas] estão e qual é seu papel. Podem também ter importantes compostos e substâncias que poderiam ser fonte de novas drogas", complementou.
A pesca também ameaça os próprios peixes -as espécies comerciais mais usuais estão sendo consumidas em taxas alarmantes. Segundo a ONU, 70% das reservas são superexploradas.


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