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VLS-1
Idéia é lançar veículo até 2006
Ministros pedem mais R$ 130 mi para foguete
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os ministros Roberto Amaral
(Ciência e Tecnologia) e José Viegas (Defesa) aproveitaram uma
audiência no Senado para pedir
mais verbas para o projeto VLS
(Veículo Lançador de Satélites).
Segundo o ministro da Ciência e
Tecnologia, mais R$ 130 milhões
seriam necessários no ano que
vem, além dos R$ 47 milhões já
previstos. Com esses recursos,
uma nova tentativa de lançar o
VLS poderia ser feita até 2006, ou
seja, ainda no governo Lula.
O ministro José Viegas disse
que mais recursos são necessários
"para honrar o compromisso
com as famílias das vítimas". Segundo ele, esse compromisso seria continuar com o programa espacial brasileiro e tentar lançar
um VLS novamente.
Há 14 dias o VLS-1 pegou fogo
na base de lançamento de Alcântara (MA). O incêndio foi causado
pela ignição de um dos quatro
motores do primeiro estágio e
matou 21 técnicos civis do CTA
(Centro Técnico Aeroespacial).
As investigações sobre as causas
do acidente continuam, mas nenhum avanço importante foi divulgado ontem. Os técnicos continuam tentando descobrir o que
teria causado a descarga elétrica
que teria iniciado a ignição do
combustível de um dos motores.
De acordo com o diretor do
CTA, major-brigadeiro Tiago da
Silva Ribeiro, é preciso saber por
que a ignição foi iniciada em apenas um motor e de onde veio a
corrente elétrica.
Ontem, novamente, o governo
procurou afastar a hipótese de
que o VLS tenha sido alvo de sabotagem. De acordo com Viegas,
estava em funcionamento um
programa de proteção, e não houve emissão de impulsos eletromagnéticos na hora do acidente.
A emissão de impulsos poderia
ser um indício de sabotagem. De
acordo com o Ribeiro, sabotagem
seria "a última hipótese". "Foi um
acidente, infelizmente", disse.
Concurso
A assessoria do ministro Roberto Amaral distribuiu uma nota
com nove medidas para a retomada do Programa Espacial Brasileiro. Além da necessidade de
mais recursos, o ministério sugere abertura de concurso para
preencher vagas no CTA e no IAE
(Instituto de Aeronáutica e Espaço). O ministério sugere também
que se crie uma carreira específica
para a área espacial "com salários
competitivos".
(HUMBERTO MEDINA)
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