São Paulo, segunda-feira, 06 de janeiro de 2003 |
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BIOTECNOLOGIA Seita ignora críticos e diz que não tem pressa de testar DNA de seus "clones' A empresa Clonaid, fundada por uma seita que acredita em ETs, reafirmou ontem ter produzido os dois primeiros clones humanos e disse que não pressionaria os pais das crianças a fazer testes de DNA para silenciar os críticos. O braço holandês do Movimento Raeliano, seita que acredita que a vida na Terra foi criada por alienígenas, anunciou sábado o nascimento do segundo clone -uma menina, "filha" de um casal de lésbicas holandesas. Mas, como no caso da menina Eva, o primeiro bebê, nenhuma evidência foi apresentada. O segundo anúncio veio num momento em que a Clonaid já estava com a reputação arranhada, por ter suspendido o teste de DNA que confirmaria se Eva é mesmo uma cópia genética. Cientistas do mundo inteiro dizem que o anúncio foi só um golpe publicitário. A diretora da Clonaid, a química Brigitte Boisselier, disse ontem à TV britânica BBC que queria os testes logo, mas que não pressionaria os pais. "Mesmo que nós tenhamos um contrato legal dizendo que eles devem fazê-lo [o exame de DNA], eu não tenho coragem de pressioná-los. Prefiro dizer para esperarmos até que eles estejam realmente prontos", afirmou. Os pais teriam medo de fazer o teste porque os especialistas poderiam ser obrigados por lei a revelar a identidade deles. No caso de Eva, há uma petição na Flórida para que a tutela da menina passe para o Estado. Seus pais decidiriam hoje se autorizariam o exame. Na Holanda, onde a clonagem é proibida, o governo disse estar investigando o segundo nascimento. Um porta-voz da UE disse disse que a comissão estava preparando um relatório que pode levar a uma proibição até o fim do ano. (DA REUTERS) Texto Anterior: Panorâmica: Divino regresso Índice |
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