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BRASIL NO ESPAÇO
Teleconferência foi transmitida ao vivo
Astronauta valeu o investimento, diz Lula em conversa com Pontes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Numa conversa transmitida ao
vivo pela agência de notícias do
governo, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva afirmou ao astronauta Marcos Pontes que "o que
nós gastamos [com a viagem] é
pouco diante do que isso pode representar para a ciência brasileira", comparou-o a Ayrton Senna
e pediu uma mensagem de "esperança" às crianças brasileiras.
A conversa de 14 minutos durou
mais que o previsto, e a preocupação do governo com o espetáculo
midiático era constante. Pouco
antes de a conversa ir ao ar, o diretor técnico-científico da Agência
Espacial Brasileira, Raimundo
Mussi, disse, com o microfone
aberto: "Recomendei ao Pontes
para flutuar o máximo possível".
Lula destacou o significado da
missão na auto-estima da população. Tranqüilo, Pontes afirmou
que "aguarda ansiosamente" para
chegar ao Brasil e disse que sua
missão pode impulsionar o programa espacial brasileiro.
Lula ainda brincou com a situação do Noroeste, time de Bauru
(terra de Pontes), que andaria
"mal das pernas". O time está em
terceiro no Paulista, à frente do
Corinthians de Lula, o sexto.
Conversa com crianças
Alunos da Escola Americana do
Rio de Janeiro também conversaram com Pontes ontem. Eles foram selecionados pelo projeto
Ariss (Amateur Radio on International Space Station), que viabiliza a comunicação de estudantes
com astronautas em órbita por
meio de radioamadores.
O bate-papo aconteceu nos
pouco menos de dez minutos em
que a ISS (Estação Espacial Internacional) sobrevoava o Rio. Maria Consuelo Galvez, 10, perguntou a Pontes quantas vezes ele tomava banho, durante a expedição. Depois da gargalhada geral,
ele respondeu que não toma nenhum. Já Giorgio Rajão, 13, achou
estranho que, na época em que
Pontes era criança, não houvesse
simuladores de vôo. O menino ficou encantado com a possibilidade de conversar com Pontes. "Vai
marcar a minha vida."
Qualquer escola pode se candidatar a conversar com astronautas em órbita (www.arissbr.org).
Colaborou Talita Figueiredo, da
Sucursal do Rio
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