São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2010

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Nos EUA, robôs fecham o menor ponto de vazamento

Sobram dois, muito grandes para os robôs; caso estratégia alternativa falhe, óleo jorrará por meses

Mark Ralston/France Presse
A cúpula que tentará parar o vazamento parte para o oceano

DA REDAÇÃO

Pela primeira vez desde que o petróleo começou a poluir o golfo do México, os engenheiros conseguiram fechar um dos três pontos de vazamento. O anúncio foi feito ontem pela BP, empresa em cuja plataforma houve o acidente.
A vitória, entretanto, não é muito grande: o vazamento consertado era o menor do trio. A quantidade de óleo sendo jogada no mar não se reduzirá significativamente, portanto.
Robôs submersíveis, controlados à distância, instalaram uma válvula na base do tubo de perfuração em que ocorria o vazamento, fechando o fluxo, fazendo o óleo parar de escapar.
Uma válvula assim, porém, não seria viável nos outros dois buracos, muito maiores. A BP quer tampar o maior com uma cúpula de 98 toneladas. O plano é descer a estrutura até o fundo do mar, sobre o vazamento, canalizando o óleo até uma plataforma na superfície. O desejo é que tudo isso esteja funcionando até o fim de semana.

Se falhar...
A BP admite que, se a cúpula não funcionar, o petróleo vai continuar jorrando no mar por meses. O tamanho do impacto até agora ainda está sendo estimado. Quase 10 milhões de litros de óleo já vazaram.
A empresa enfrenta uma crise de imagem. Ela estudou lançar uma campanha publicitária, mas os executivos rejeitaram a ideia, porque "expressões de pesar não têm muita credibilidade", nas palavras Andrew Gowers, porta-voz da BP.
Enquanto isso, cresce o medo de que o ambiente da região, vital para a desova de peixes, camarões e caranguejos e ponto de parada para espécies raras de aves migratórias, esteja em risco. Além disso, a pesca foi banida em algumas áreas. Só na Louisiana, a atividade envolve US$ 2,4 bilhões ao ano.

Com "The New York Times" e agências internacionais



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