São Paulo, segunda-feira, 07 de fevereiro de 2011

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Pesquisa afirma que ostras nativas estão em extinção

No Brasil, no entanto, a maioria desses moluscos é originária de fazendas de produção e não corre riscos

DE SÃO PAULO

As ostras nativas estão desaparecendo, diz um novo estudo na revista científica "BioScience".
Um levantamento mundial mostrou que 85% dos recifes naturais de ostras pelo mundo estão em situação crítica. Em alguns lugares da Europa, esses moluscos nativos já são classificados como "funcionalmente extintas".
Os cientistas da ONG The Nature Conservancy e da Universidade da Califórnia em Santa Cruz (EUA) apontam que a América do Norte e a Austrália estão entre as regiões mais afetadas.
Isso não significa, porém, que não se poderá mais comer ostras, pois o estudo não engloba fazendas marinhas produtoras dos moluscos.
O Brasil, segundo Theresinha Monteiro Absher, especialista no tema da Universidade Federal do Paraná, não segue essa tendência de desaparecimento dos recifes naturais de ostras.
"Nossos bancos de ostras estão muito bem providos. Há um pouco de extração, mas não há extinção", diz.
Boa parte da produção brasileira, especialmente em Santa Catarina, é feita em fazendas marinhas. Elas são, porém, pequenas em comparação com as grandes fazendas do exterior.
"As da Austrália e dos EUA são campos enormes. Mas o brasileiro não tem tanto hábito de consumir ostra. No interior muita gente nem sabe o que é, ", conclui Absher.


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