São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2008

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Estudante abandona curso que não prevê métodos alternativos

A aluna Renata Solon cuida de roedores que seriam mortos em faculdades

DA REPORTAGEM LOCAL

Ela tem 25 camundongos e cerca de cem ratos. Um dos quartos de sua casa é dedicado somente aos animais. Além de acolher bichos que foram usados em laboratórios de universidades e que seriam mortos, a estudante Renata Solon, 27, é defensora dos métodos alternativos no ensino.
A aluna, que hoje cursa ciências da natureza da USP Leste, teve como um dos principais motivos para abandonar o curso de ciências biológicas da Uninove o fato de que eram usados animais vivos.
"Tentei verificar se aceitariam que eu não participasse das aulas por "objeção de consciência", mas os professores disseram que não iam me liberar. Levei exemplos de métodos alternativos, mas ninguém me deu atenção", conta.
Ela diz que sua "ética não permite" entrar numa aula em que será usado um animal vivo.
A maioria dos roedores que possui em casa chegou por intermédio de colegas universitários. "Em várias faculdades, como a de psicologia, os alunos fazem testes com animais. Quando chegam as férias, não há ninguém que queira cuidar deles e muitos são mortos. Então, eu os trago para a minha casa."
A reportagem procurou a Uninove, que não respondeu.


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