São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011 |
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Se partícula existir, LHC deverá detectá-la DO EDITOR DE CIÊNCIA Ironicamente, o responsável pela aposentadoria do acelerador americano Tevatron também deverá confirmar -ou refutar- sua possível grande descoberta. Trata-se do LHC, superacelerador europeu que agora é o maior do mundo. Em parte por ter se tornado obsoleto diante do concorrente, o Tevatron deve ser desativado em setembro deste ano. "Se os dados estiverem certos, em poucas semanas o LHC deverá ser capaz de confirmá-los", disse à Folha Ronald Cintra Shellard, físico de partículas do CBPF. SIGMA A grande dúvida, por enquanto, vem da proporção de ocorrências da aparente nova partícula nos dados. Do ponto de vista estatístico, ela fica numa categoria conhecida como "três sigma" -frequente o suficiente para chamar a atenção, mas não para descartar a possibilidade de que se trate de uma flutuação casual. "Com três sigma você tem uma evidência, mas ainda não tem uma descoberta", diz Shellard. A coisa ficaria mais quente, e mais difícil de descartar, no nível conhecido como cinco sigma. O físico brasileiro ressalta que, por enquanto, a reação predominante da comunidade científica será a cautela. "Se for um sinal de verdade, mesmo que não seja o [bóson de] Higgs [partícula que confere massa às demais], é algo muito interessante", diz ele. "Se for confirmado, dará trabalho a centenas de físicos teóricos." (RJL) Texto Anterior: Físicos podem ter achado nova "peça" básica da matéria Próximo Texto: Rios de laboratório Índice | Comunicar Erros |
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