|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pesquisas complicam a Pré-História
DA REDAÇÃO
Os novos estudos sobre
o Homo floresiensis podem
resolver, por um lado, a
questão da legitimidade
da espécie. Por outro,
criam novo mistério: o da
paternidade do "hobbit"
-com o potencial de bagunçar mais ainda a história evolutiva do homem.
Até agora, achava-se
que o H. floresiensis fosse
descendente de um ramo
do Homo erectus, primeiro
ancestral humano a atingir a Ásia, há mais de 1 milhão de anos.
Essa população teria
migrado para a pequena
ilha indonésia de Flores e
ficado isolada desde 800
mil anos atrás, encolhendo gradualmente até divergir numa espécie anã.
A série de novos estudos, porém, mostra que há
outro antecessor possível:
o Homo habilis, ancestral
africano do erectus.
O pé do "hobbit", por
exemplo, é bem mais primitivo do que o do H. erectus. Este, surgido há 1,5
milhão de anos, já era um
pé humano "moderno",
arqueado como o nosso, e
não plantado no chão.
"A análise do crânio
aponta para semelhanças
com o erectus e com o habilis, e o pós-crânio [o corpo] é muito mais primitivo
que o do erectus", disse
William Jungers à Folha.
Para ele, é improvável que
todas essas reversões evolutivas sejam produto da
redução de tamanho. Portanto, o "hobbit" seria descendente do H. habilis.
O problema é que não
existe registro de nenhum
H. habilis fora da África
até hoje. Para Daniel Lieberman, de Harvard, só há
um jeito de tirar a teima:
achar mais fósseis. "Preparem suas pás!"
Texto Anterior: Pé chato indica que "hobbit" era mesmo espécie distinta Próximo Texto: Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra Índice
|