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Transição para energia limpa vai custar US$ 45 trilhões, diz agência
Estudo aposta em fontes renováveis, usinas nucleares e "enterro" de carbono
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ministros de energia do
G8 já sabem o que fazer e quanto pagar para que o mundo consiga pelo menos amenizar as
mudanças climáticas até 2050.
O plano de vôo apresentando
ontem pela IEA (Agência Internacional de Energia) defende a
eficiência energética, o investimento em massa nas fontes renováveis e a estocagem de carbono. Tudo isso pela quantia de
US$ 45 trilhões, um pouco mais
de 1% do PIB mundial.
O setor que mais precisa alterar a sua visão de mundo, segundo o documento de mais de
600 páginas encomendado pelas grandes economias globais,
é o de transportes. A mensagem
é clara: o setor precisa ser bastante "descarbonizado".
Dentro do cenário otimista,
além dos biocombustíveis, um
bilhão de veículos elétricos vão
circular pelas ruas até 2050.
Do total estimado pela IEA,
US$ 33 trilhões deverão ser investidos apenas nos meios de
transporte. O segundo setor
que mais vai precisar de recursos financeiros, o da construção civil -apenas para lidar
com seu consumo de energia-,
requer US$ 7,4 trilhões.
Após esgotadas todas as possibilidades de melhoria na eficiência energética -o grande
gargalo mundial hoje-, os técnicos da IEA apostam nas chamadas energia renováveis alternativas, como o vento, a luz
solar e calor do solo.
A agência internacional também defende aumento no volume de geração da polêmica
energia nuclear. Até 2050, será
preciso construir 30 centrais
nucleares em média, de mil megawatts cada, por ano.
Enquanto a fonte nuclear seria responsável por 25% da
energia em 2050, na visão da
IEA, a hidrelétrica corresponderia a 50% de toda a matriz
energética mundial.
Bombear gás carbônico -o
principal causador do efeito estufa- no subsolo é outro caminho que terá um peso importante nas reduções das emissões de carbono. A Petrobras já
tenta fazer isso de forma experimental aqui no Brasil.
A previsão da IEA é que quase 20% da diminuição do carbono atmosférico em quatro
décadas poderá ocorrer por
meio dessa espécie de enterro
do gás carbônico.
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