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Espécie tem senso de justiça e compaixão
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não é apenas a noção espacial aguçada que torna os
macacos-pregos especiais.
Estudos anteriores apontavam também que eles usam
ferramentas, têm senso de
justiça e sentem compaixão.
São os únicos macacos das
Américas que agem assim.
Há dois anos, um grupo de
pesquisadores mostrou que
os animais usam pedras como martelo e rochas e troncos como bigorna. Eles foram vistos até usando varetas para desentocar lagartos.
Em outro estudo, cientistas ensinavam os bichos a
trocar pedrinhas por comida.
Entretanto, quando dois
macacos-pregos ofereciam
pedrinhas aos pesquisadores
mas era dada mais comida a
um do que a outro, o prejudicado simplesmente entrava
em greve. Ele saia do jogo.
Para os autores do trabalho, essa foi uma demonstração de que eles, como nós,
acreditam que pagamentos
diferentes para trabalhos
iguais é injustiça.
Um terceiro estudo oferecia aos bichos duas opções:
ganhar comida só para si ou
também para outro macaco-prego ao lado.
Eles se mostraram solidários. Se o colega era do seu
grupo (era, digamos, um "conhecido"), ocorria uma relação ainda maior de empatia.
Humanos e chimpanzés,
os dois primatas considerados mais inteligentes, se separaram evolutivamente há
aproximadamente 6 milhões
de anos, dizem estudos.
Os macacos-pregos são resultado de uma linhagem
que se separou bem antes, há
40 milhões de anos.
Não era de se esperar, portanto, que eles apresentassem características relacionadas à inteligência.
(RM)
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