São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2010

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Pesquisador japonês diz que imaginava que pudesse ganhar

DE SÃO PAULO

Em entrevista após o anúncio do prêmio, Ei-ichi Negishi afirmou que chegou a desconfiar que poderia ser contemplado.
"Algumas pessoas comentaram. Eu estaria mentindo se dissesse que não [imaginava receber o Nobel]."
Nascido no Japão, o pesquisador vive nos Estados Unidos há cerca de 50 anos. Ele atualmente é professor da Universidade Purdue, no Estado de Indiana.
Ele disse que estava dormindo quando os organizadores do prêmio ligaram para comunicar a vitória.
"Eu estou extremamente feliz. O prêmio significa muito para mim", afirmou.
Negishi disse que sonhava com o Nobel desde que chegou aos EUA, quando conheceu vários laureados na Universidade da Pensilvânia, onde começou seus estudos.
"Lá eu soube que precisava fazer alguma coisa realmente diferente para ganhar. Virou um objetivo. Não o único, mas eu sabia que, se trabalhasse duro, seria uma consequência", disse.
O trabalho de Negishi começou a ganhar fama na década de 1970, quando ele incorporou o zinco para incentivar a formação de moléculas orgânicas complexas.
Seu conterrâneo Akira Suzuki, professor da Universidade Hokkaido, em Sapporo, no Japão, fez algo parecido.
No lugar do zinco, porém, Suzuki usou o boro. A troca simplificou ainda mais a reação, que ficou menos tóxica. De acordo com a organização do Prêmio Nobel, isso facilitou a difusão do método em escala industrial.
A publicação mais antiga porém, é a do pesquisador americano Richard Heck, professor da Universidade de Delaware. Ele descreveu o uso do paládio como catalisador pela primeira vez em uma série de artigos em 1968.
Quatro anos depois, ele aperfeiçoou a técnica, que desde então vem sendo utilizada em laboratórios e indústrias de todo o mundo.


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