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Pesquisador japonês diz que imaginava que pudesse ganhar
DE SÃO PAULO
Em entrevista após o
anúncio do prêmio, Ei-ichi
Negishi afirmou que chegou
a desconfiar que poderia ser
contemplado.
"Algumas pessoas comentaram. Eu estaria mentindo
se dissesse que não [imaginava receber o Nobel]."
Nascido no Japão, o pesquisador vive nos Estados
Unidos há cerca de 50 anos.
Ele atualmente é professor
da Universidade Purdue, no
Estado de Indiana.
Ele disse que estava dormindo quando os organizadores do prêmio ligaram para comunicar a vitória.
"Eu estou extremamente
feliz. O prêmio significa muito para mim", afirmou.
Negishi disse que sonhava
com o Nobel desde que chegou aos EUA, quando conheceu vários laureados na Universidade da Pensilvânia,
onde começou seus estudos.
"Lá eu soube que precisava fazer alguma coisa realmente diferente para ganhar.
Virou um objetivo. Não o único, mas eu sabia que, se trabalhasse duro, seria uma
consequência", disse.
O trabalho de Negishi começou a ganhar fama na década de 1970, quando ele incorporou o zinco para incentivar a formação de moléculas orgânicas complexas.
Seu conterrâneo Akira Suzuki, professor da Universidade Hokkaido, em Sapporo,
no Japão, fez algo parecido.
No lugar do zinco, porém,
Suzuki usou o boro. A troca
simplificou ainda mais a reação, que ficou menos tóxica.
De acordo com a organização
do Prêmio Nobel, isso facilitou a difusão do método em
escala industrial.
A publicação mais antiga
porém, é a do pesquisador
americano Richard Heck,
professor da Universidade de
Delaware. Ele descreveu o
uso do paládio como catalisador pela primeira vez em
uma série de artigos em 1968.
Quatro anos depois, ele
aperfeiçoou a técnica, que
desde então vem sendo utilizada em laboratórios e indústrias de todo o mundo.
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