São Paulo, sexta-feira, 07 de dezembro de 2007

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ASTROFÍSICA

Imagens de sonda japonesa ajudam a explicar vento solar

"Science"/Divulgação
Detalhe de brilho da superfície do Sol em torno de mancha


DA REDAÇÃO

Os cientistas que analisaram imagens do Sol obtidas pela sonda espacial Hinode (alvorada, em japonês) divulgaram ontem evidências para respostas a duas perguntas-chave sobre o funcionamento da estrela.
Em um pacote de estudos na revista "Science" (www.sciencemag.org), astrofísicos identificaram uma possível fonte de emissão do vento solar -a corrente de partículas eletricamente carregadas emitidas pelo astro- e acharam uma explicação para o chamado paradoxo da coroa -a "atmosfera" do Sol, que a uma grande altitude é mais quente do que a superfície da estrela.
A Hinode conseguiu detectar evidências de ondas magnéticas previstas por Hannes Alfvén, vencedor do Nobel de Física de 1970. Elas fazem o plasma (gás eletricamente carregado hiperaquecido) da atmosfera solar se acelerar e esquentar. O fenômeno influencia a temperatura da coroa solar -que chega a 1 milhão de graus Celsius, contra apenas 6.000C da superfície solar.
Os cientistas descobriram que as ondas de Alfvén também contribuem para acelerar o vento solar, que chega à Terra e às vezes danifica satélites. A Hinode conseguiu evidências da presença do fenômeno ao observar raios X e raios ultravioleta emitidos por jatos de partículas que saem do Sol. A sonda também viu outro fenômeno já previsto, o rompimento e a reconexão das linhas de campos magnéticos, que influencia o vento solar.


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