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ASTROFÍSICA
Imagens de sonda japonesa ajudam a explicar vento solar
"Science"/Divulgação
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Detalhe de brilho da superfície do Sol em torno de mancha |
DA REDAÇÃO
Os cientistas que analisaram imagens do Sol obtidas
pela sonda espacial Hinode
(alvorada, em japonês) divulgaram ontem evidências para respostas a duas perguntas-chave sobre o funcionamento da estrela.
Em um pacote de estudos
na revista "Science" (www.sciencemag.org), astrofísicos identificaram uma possível fonte de emissão do vento solar -a corrente de partículas eletricamente carregadas emitidas pelo astro- e
acharam uma explicação para o chamado paradoxo da
coroa -a "atmosfera" do Sol,
que a uma grande altitude é
mais quente do que a superfície da estrela.
A Hinode conseguiu detectar evidências de ondas
magnéticas previstas por
Hannes Alfvén, vencedor do
Nobel de Física de 1970. Elas
fazem o plasma (gás eletricamente carregado hiperaquecido) da atmosfera solar se
acelerar e esquentar. O fenômeno influencia a temperatura da coroa solar -que
chega a 1 milhão de graus
Celsius, contra apenas
6.000C da superfície solar.
Os cientistas descobriram
que as ondas de Alfvén também contribuem para acelerar o vento solar, que chega à
Terra e às vezes danifica satélites. A Hinode conseguiu
evidências da presença do
fenômeno ao observar raios
X e raios ultravioleta emitidos por jatos de partículas
que saem do Sol. A sonda
também viu outro fenômeno
já previsto, o rompimento e
a reconexão das linhas de
campos magnéticos, que influencia o vento solar.
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