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ASTROFÍSICA
Telescópios registram maior explosão estelar conhecida
Nasa/CXC/UC Berkeley/N.Smith
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Imagem de raio-X da supernova vista pelo telescópio Chandra |
DA REDAÇÃO
Astrônomos revelaram
ontem imagens de uma supernova (explosão de uma
estrela) com cerca de 150 vezes a massa do Sol. O fenômeno, o mais brilhante do tipo já registrado, ajudará nos
estudos sobre como era a
evolução desses astros quando o Universo era jovem.
A descoberta foi confirmada após a comparação de
imagens do telescópio espacial Chandra, que capta raios
X, com as de observatórios
terrestres que operam captando luz de espectro visível.
Físicos dizem que a supernova recém-descoberta,
SN2006gy, é mais intensa e
também diferente de outras,
que ocorrem em estrelas
com massa da ordem de dez
sóis. Estrelas mortas em geral se transformam em buraco negros ou corpos pequenos hipermaciços, mas a explosão observada agora provavelmente espalha toda a
matéria da estrela, sem deixar nada no lugar.
Estrelas médias morrem
quando acaba seu "combustível" -os átomos leves que
alimentam a fusão nuclear
em seu interior. SN2006gy,
porém, teria tido uma morte
"precoce", causada por um
fenômeno interno que aniquila a radiação de alta energia proveniente do centro.
"Podemos ter testemunhado uma versão moderna
de como a primeira geração
de estrelas mais maciças encerrava sua vida, quando o
Universo ainda era jovem",
diz Alex Fillipenko, da Universidade da Califórnia em
Berkeley, um dos autores da
descoberta. A supernova revelada ontem ocorreu numa
galáxia distante, a 240 milhões de anos-luz.
Segundo ele, Eta Carinae,
uma estrela encoberta por
uma nebulosa que fica na
nossa galáxia, também pode
culminar em uma supernova
hiperbrilhante desse tipo.
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