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Cientista americano diz ter alertado coreano sobre fraude
Li Hoon-gu - 19.mai.05/France Presse
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O americano Gerald Schatten (dir.), ao lado de seu ex-parceiro,
o fraudador coreano Hwang
DO ENVIADO AO RIO
Envolvido na maior fraude
científica da década, Gerald
Schatten afirma que "certamente" se sentiu responsável
pelo escândalo: um estudo assinado com o sul-coreano Hwang
Woo-Suk, que falsificou a obtenção de células-tronco de
embriões clonados humanos.
"A partir do primeiro momento em que eu soube que havia algo errado, primeiro ética e
depois cientificamente, tratei
de falar sobre isso com minha
contraparte em Seul e, quando
percebi que ele não faria nada a
respeito, senti que deveria avisar as autoridades", disse.
Schatten não participou dos experimentos na Coreia do Sul.
Gaguejando, ele descreve como se sente agora. "Há uma
sensação de alívio por a fraude
ter sido revelada no mesmo ano
em que um dos artigos foi publicado [2005]. Graças a isso,
não tivemos um enorme volume de recursos direcionados
para uma linha de pesquisa que
era baseada em dados fraudulentos. Que pesadelo seria!"
Schatten trabalhava com o
coreano na tentativa de produzir embriões clonados de macacos. "Finalmente, anos depois
da fraude, isso foi feito, e foi necessário usar 500 óvulos de macaca para chegar ao resultado.
Se extrapolarmos isso para humanos, seria um número ridículo, impraticável, mas é teoricamente possível", diz.
E como Hwang conseguiu
enganar tanta gente por tanto
tempo? "Sabe, uma parte enorme das evidências científicas
depende de confiança [nos estudos publicados]. Mas o bom
da ciência é que ela tem mecanismos de autocorreção."
(RJL)
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