São Paulo, domingo, 10 de abril de 2011

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Bioterrorismo preocupa pesquisadores

DE SÃO PAULO

O temor do uso da varíola como arma não tem nada de infundado. Isso foi feito de forma primitiva até pelos colonizadores europeus na conquista da América.
Isolados geograficamente, os índios e nativos do novo mundo não tinham nenhum tipo de defesa contra muitas das doenças dos brancos. E não demorou muito para os europeus perceberem isso.
Para promover grandes matanças nessas populações, bastava mandar uma pessoa doente para as aldeias e cidades.
Alguns casos eram mais perversos, com a distribuição de cobertores e outros objetos infectados.
Historiadores afirmam que a disseminação da varíola teve um importante papel na queda do império Inca, na América do Sul.
Atualmente, há maneiras muito mais sofisticadas de provocar uma epidemia da doença, mas o perigo de um "homem-varíola" é a mais levantada por analistas de biossegurança.
Assim como um homem-bomba, basta uma pessoa infectada para contaminar -e possivelmente matar- muitas outras, considerando que o vírus é transmissível pelo ar e muito resistente às variações externas.
Para essas ações, a varíola seria de fato um dos vírus mais indicados. Seu tempo de incubação longo, de cerca de 12 dias, permitiria que muitas pessoas fossem contaminadas antes mesmo das autoridades terem qualquer sinal de que alguma ameaça estivesse presente.

REVOLTA
No Brasil, uma lei que tornava a vacina contra a varíola obrigatória, podendo ser forçada pela polícia, causou um grande levante popular no Rio de Janeiro em 1904.
Com direito a quebra quebra e implicações políticas. O episódio ficou conhecido como Revolta da Vacina. (GM)


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