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Produção madeireira diminui
50% em dez anos na Amazônia
Uso de material alternativo, fiscalização e crise explicam queda
REINALDO JOSÉ LOPES
DE SÃO PAULO
A produção de madeira na
Amazônia caiu pela metade
entre 1998 e 2009, de 28,3 milhões de m3 para 14,2 milhões
de m3, afirma um levantamento divulgado hoje pelo
SBF (Serviço Florestal Brasileiro) e pela ONG Imazon.
Esse novo raio-X da atividade madeireira na Amazônia Legal aponta um trio de
causas que teriam ajudado a
desencadear a mudança.
Uma delas é a substituição
da madeira da floresta por
outros materiais, como forros
de PVC e madeiras plantadas, como a de eucalipto.
Outro fator é o aumento de
operações contra o desmatamento e o comércio ilegal de
madeira, que foram de 20 em
2003 para 160 em 2007.
E, como era de se esperar,
a crise econômica também
afetou o setor no ano passado. O faturamento das madeireiras amazônicas foi de
R$ 4,9 bilhões em 2009, contra R$ 6,7 bilhões em 2004.
"Acho que parte da queda
pode ser explicada mesmo
pela crise econômica, mas o
resultado geral mostra que as
políticas públicas estão começando a dar seus primeiros resultados", afirma Antonio Carlos Hummel, diretor-geral do SBF e coautor do levantamento. Além da fiscalização direta, diz Hummel, o
acesso a sistemas eletrônicos
de monitoramento, como o
GPS, também facilitou o controle do desmate.
O diretor do SBF afirma
que ainda não há dados referentes a este ano. O esperado
é que a demanda por madeira tenha aumentado, graças
ao crescimento da economia
nos últimos meses.
"A pressão sobre a floresta
é muito influenciada pelo ritmo da construção civil, então
o aumento do PIB realmente
pode alterar esse quadro. É
preciso estar preparado para
isso", adverte Hummel.
Leia a íntegra da
reportagem na Folha.com
folha.com.br/am748164
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