São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2010

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Produção madeireira diminui 50% em dez anos na Amazônia

Uso de material alternativo, fiscalização e crise explicam queda

REINALDO JOSÉ LOPES
DE SÃO PAULO

A produção de madeira na Amazônia caiu pela metade entre 1998 e 2009, de 28,3 milhões de m3 para 14,2 milhões de m3, afirma um levantamento divulgado hoje pelo SBF (Serviço Florestal Brasileiro) e pela ONG Imazon. Esse novo raio-X da atividade madeireira na Amazônia Legal aponta um trio de causas que teriam ajudado a desencadear a mudança.
Uma delas é a substituição da madeira da floresta por outros materiais, como forros de PVC e madeiras plantadas, como a de eucalipto. Outro fator é o aumento de operações contra o desmatamento e o comércio ilegal de madeira, que foram de 20 em 2003 para 160 em 2007.
E, como era de se esperar, a crise econômica também afetou o setor no ano passado. O faturamento das madeireiras amazônicas foi de R$ 4,9 bilhões em 2009, contra R$ 6,7 bilhões em 2004.
"Acho que parte da queda pode ser explicada mesmo pela crise econômica, mas o resultado geral mostra que as políticas públicas estão começando a dar seus primeiros resultados", afirma Antonio Carlos Hummel, diretor-geral do SBF e coautor do levantamento. Além da fiscalização direta, diz Hummel, o acesso a sistemas eletrônicos de monitoramento, como o GPS, também facilitou o controle do desmate.
O diretor do SBF afirma que ainda não há dados referentes a este ano. O esperado é que a demanda por madeira tenha aumentado, graças ao crescimento da economia nos últimos meses.
"A pressão sobre a floresta é muito influenciada pelo ritmo da construção civil, então o aumento do PIB realmente pode alterar esse quadro. É preciso estar preparado para isso", adverte Hummel.

Leia a íntegra da reportagem na Folha.com

folha.com.br/am748164


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