São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Sítio no Tocantins deve ser tombado para ser 'salvo'

DE BRASÍLIA

Pelo menos um sítio arqueológico deve ser salvo das empreiteiras. O Iphan está preparando o tombamento de um conjunto de petroglifos no Tocantins que seria alagado por uma hidrelétrica.
A chamada ilha dos Martírios, no rio Araguaia, divisa entre Pará e Tocantins, abriga mais de 4.000 gravuras rupestres, que se estendem por quase 70 hectares.
O sítio nunca foi escavado nem estudado sistematicamente, e seria destruído pelo reservatório da usina hidrelétrica de Santa Isabel.
Caso seja tombado, o sítio arqueológico não poderá ser mais alterado ""e a usina precisará se mudar. A ilha dos Martírios é um de dez sítios arqueológicos cujo tombamento está sendo preparado pelo Iphan. Alguns processos foram iniciados ainda na década de 1950.
"Durante muito tempo se entendeu que não precisávamos tombar, porque já havia uma lei específica de proteção ao patrimônio arqueológico", diz Maria Clara Migliacio, do CNA (Centro Nacional de Arqueologia) do Iphan.
O resultado é que o país tem hoje apenas 15 sítios arqueológicos tombados, contra 557 sítios históricos. A lei atual, de 1961, só protege o sítio de um empreendimento até a realização de estudos. "É uma proteção relativa", diz Migliacio. (CA)



Texto Anterior: Com pouco controle, arqueologia vive explosão no Brasil
Próximo Texto: Marcelo Gleiser: Cientistas contra acusações
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.