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HORA CERTA
Astrônomos vão inserir um segundo extra no ano de 2008
DA REDAÇÃO
Na madrugada do próximo
dia 1º de janeiro, quando fogos-de-artifício estiverem
clareando o céu, a noite será
mais longa. Um segundo
mais longa, para ser preciso,
segundo o consórcio internacional que administra o
TUC (Tempo Universal
Coordenado).
O segundo extra não será
alívio para quem precisar de
tempo para se recuperar de
uma ressaca, mas é necessário para coordenar sistemas
de informação que requerem
grande precisão, como o sistema de localização GPS e o
protocolo NTP (a hora unificada da internet).
A decisão de tornar 2008
um segundo mais longo foi
confirmada agora pelo Observatório Naval dos EUA,
uma das entidades integrantes do Iers (Serviço Internacional de Rotação da Terra e
Referência de Sistemas).
A necessidade de adicionar
tempo à duração oficial do
dia 31 é coordenar os dois sistemas de medida cronológica que existem hoje. Um leva
em conta a rotação da Terra e
outro toma como base relógios atômicos, muito precisos. O problema é que a rotação da Terra está reduzindo
de maneira extremamente
sutil, e com o passar dos anos
as horas atômica e terrestre
saem de sincronia.
Desde 1972, quando foi
criado o TUC, segundos extra foram adicionados ao
tempo atômico várias vezes
para que o descompasso entre os dois relógios nunca
fosse maior que um segundo.
A última vez foi em 2005.
O ano de 2008, porém, será o mais longo desde 1992, a
última vez que um ano bissexto ganhou ainda um segundo extra. Sistemas que
estão em sincronia com o Escritório Internacional de Pesos e Medidas, em Paris, o
administrador do UTC, não
precisam acertar o ponteiro
"manualmente", pois relógios atômicos cadastrados na
entidade transmitirão a informação automaticamente.
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