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Ministro defende tribunal e diz não ver riscos para a ciência
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Educação, Fernando Haddad, defende as conclusões do acórdão do TCU. Em
sua opinião, a decisão fortalece
as universidades e é uma oportunidade para avançar na construção de um marco regulatório que facilite a gestão de reitores, dando mais autonomia na
utilização dos recursos.
"Não podemos trabalhar somente com um ponto de vista
reativo. O acórdão deve ser visto como uma oportunidade para promover modernizações
administrativas na gestão das
universidades. Vários desses
problemas hoje não existiriam
se a reforma universitária tivesse prosperado no Congresso, mas muita coisa foi feita recentemente no sentido de facilitar a gestão", disse o ministro.
Como exemplo dessas mudanças, Haddad cita alterações
na legislação que já estão em vigor, como a maior facilidade de
remanejar recursos de diferentes rubricas e a possibilidade de
reposição de docentes e técnicos administrativos.
Com o aumento de pessoal
contratado via concurso e o
crescimento das verbas, o ministro argumenta que as universidades já podem voltar a
administrar seus recursos sem
depender das fundações.
Sobre o risco de as atividades
de pesquisas serem paralisadas, Haddad diz não ver no
acórdão do TCU uma camisa de
força que prejudique a gestão
eficiente dos recursos repassados por órgãos federais.
"No meu ver, o que o TCU deseja é que a essência pública de
um eventual montante de recursos não perca sua natureza
em função de repasses feitos
para fundações de apoio. Se a
origem dele é pública, ele deve
seguir os rituais previstos na legislação", afirmou o ministro.
De acordo com o MEC, uma
das alternativas em estudo, já
em uso em alguns projetos, é a
abertura de uma conta para receber os recursos no nome do
próprio pesquisador. O cientista passaria, então, a gerenciar a
verba repassada.
(AG)
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