São Paulo, terça-feira, 12 de janeiro de 2010

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NEUROCIÊNCIA

Cocaína barra fim do prazer em área do cérebro

RICARDO MIOTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Cientistas americanos abriram caminho para um novo tipo de tratamento para viciados em cocaína ao explicar como o uso frequente da droga altera a expressão (ativação) de genes no cérebro.
Usando camundongos, a equipe de Ian Maze, da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, descobriu que o uso repetido da substância impede o funcionamento de uma proteína chamada G9a, que tem como papel desligar genes de circuitos cerebrais ligados ao prazer.
Pouca proteína, muito prazer, portanto. Isso fazia com que os roedores desejassem cada vez mais cocaína: ficaram viciados.
A esperança dos cientistas é que seja possível criar agora um tratamento que traga, artificialmente, a quantidade de G9a de volta ao normal em viciados, curando os efeitos do consumo crônico de cocaína.
"Nós também estamos investigando o papel da G9a em doenças psiquiátricas como a depressão e a esquizofrenia", diz Maze.


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