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NEUROCIÊNCIA
Cocaína barra fim do prazer em área do cérebro
RICARDO MIOTO
DA REPORTAGEM LOCAL
Cientistas americanos
abriram caminho para um
novo tipo de tratamento
para viciados em cocaína
ao explicar como o uso frequente da droga altera a
expressão (ativação) de
genes no cérebro.
Usando camundongos, a
equipe de Ian Maze, da Escola de Medicina Monte
Sinai, em Nova York, descobriu que o uso repetido
da substância impede o
funcionamento de uma
proteína chamada G9a,
que tem como papel desligar genes de circuitos cerebrais ligados ao prazer.
Pouca proteína, muito
prazer, portanto. Isso fazia
com que os roedores desejassem cada vez mais cocaína: ficaram viciados.
A esperança dos cientistas é que seja possível criar
agora um tratamento que
traga, artificialmente, a
quantidade de G9a de volta ao normal em viciados,
curando os efeitos do consumo crônico de cocaína.
"Nós também estamos
investigando o papel da
G9a em doenças psiquiátricas como a depressão e a
esquizofrenia", diz Maze.
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