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Cientistas descobrem primeira vinícola, com "safra 4000 a.C."
Arqueólogos encontraram, na Armênia, restos de uva, sementes e até uma caneca
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Arqueólogos divulgaram
ontem a descoberta daquela
que pode ter sido a primeira
vinícola da história da humanidade, com mais de 6.000
anos de idade.
Os restos da instalação foram encontrados em uma escavação na Armênia, próxima à fronteira com o Irã.
"Esta é, até hoje, a maior
instalação para produção de
vinho relativamente completa, com as fases de esmagamento das uvas, fermentação e armazenamento in situ
[no próprio local]", afirma
Hans Barnard, autor do artigo sobre o estudo, publicado
ontem no "Journal of Archaeological Science".
"Era uma instalação relativamente pequena. Para consumo diário de vinho, deveria haver prensas maiores",
diz George Areshian, codiretor da escavação e diretor-assistente da Universidade da
Califórnia em Los Angeles.
Entre os resíduos, também
foi possível identificar sementes de uvas, restos da
fruta esmagada, pedaços de
cerâmica com vestígios de vinho e até uma caneca.
A equipe deduziu que os tipos de vinho produzidos no
local eram "merlot" e "cabernet sauvignon", espécies de
uvas típicas da região de Bordeaux, na França, usadas na
fabricação de vinhos tintos.
No mesmo local, aliás, foi
encontrado, em junho de
2010, o sapato mais velho do
mundo, de 5.500 anos.
Pela quantidade de átomos de carbono presentes
nos resíduos orgânicos, os
cientistas foram capazes de
estimar a data de construção
da antiga vinícola, instalada
entre 4100 e 4000 a.C.
Segundo Areshian, a comprovação de que havia fabricação de vinho no local veio
da presença da malvidina,
substância encontrada na
uva e um dos principais corantes do vinho tinto. Também foi encontrada grande
quantidade de ácido tartárico, presente na bebida, mas
também em diversas plantas.
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