São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Nasa desperta concorrência de empresas para voos comerciais

Companhia que leva carga ao espaço também quer tripulantes

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

A produção de naves espaciais nos EUA não é mais exclusividade da Nasa, a agência espacial norte-americana. Depois de um corte de orçamento que reconfigurou as missões da agência, a fabricação das naves passou a ser terceirizada -o que movimentou a indústria espacial.
No ano passado, a administração Obama cancelou o lançamento de foguetes espaciais e anunciou que focaria nas missões comerciais.
Isso desmantelou o programa "Constellation", estabelecido no governo de George Bush, para levar astronautas de volta à Lua.
Até agora, o centro das atenções nessa nova corrida espacial comercial estava centrado na Boeing, que está projetando uma nave para transportar sete passageiros.
Mas a concorrente SpaceX também tem ganhado, literalmente, espaço. A empresa ficou mais conhecida no ano passado, com o lançamento do foguete Falcon 9.
A SpaceX já tem um contrato com a Nasa para entregar carga na estação espacial (que seria desativada em 2015, mas será mantida até 2020). A empresa também diz que poderia facilmente adicionar até sete lugares à sua cápsula de carga para adequá-la para passageiros.
"É uma corrida para ver quem chega mais longe", disse Mark Sirangelo, presidente da Federação Norte-Americana de Voos Espaciais Comerciais. Hoje, a federação concentra 37 empresas.
Outras companhias menos conhecidas no mercado também estão dando suas cartas nessa corrida. Uma delas é a Sierra Nevada Space Systems, que está desenvolvendo a parte interna da nave Dream Chaser -e já anunciou que espera concluir o restante da estrutura.
No ano passado, a empresa levou US$ 20 milhões da Nasa -quase metade dos US$ 50 milhões previstos para serem gastos com empresas terceirizadas.
Em dezembro de 2010, a Orbital Sciences Corporation anunciou que tinha apresentado uma proposta para um avião espacial numa espécie de "edital" da Nasa.
A agência norte-americana irá divulgar as empresas escolhidas para a produção da nave no final de março. O custo: US$ 200 milhões.
O valor, apesar de significativo, representa uma pequena fatia do orçamento anual da Nasa, que, em 2010, foi de US$ 19 bilhões.

Com "New York Times"


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