|
Texto Anterior | Índice
O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.
ANTROPOLOGIA
Gênero humano migrou até a Ásia há cerca de 780 mil anos
R.L. Ciochon/Universidade de Iowa
|
|
O crânio de Homo erectus achado em Sangrian, na China
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um grupo de pesquisadores que reavaliou a idade do
"Homem de Pequim", o fóssil de Homo erectus mais antigo encontrado na Ásia,
mostrou que esses ancestrais da espécie humana podem ter invadido o oriente
há 780 mil anos -200 mil
anos antes do estimado.
O resultado indica que esse hominídeo tinha uma
complexa distribuição em
nichos ecológicos temperados e tropicais. Mesmo sendo primitivo, o H. erectus era
esperto o bastante para sobreviver a glaciações.
A nova datação também
indica que a colonização da
Ásia pelo H. erectus teria sido feita em duas levas, por
duas rotas saindo da África
-uma costeira, via Arábia e
Índia, chegando até a Indonésia; e outra que levou à população chinesa.
A nova datação está descrita em artigo na revista
"Nature" por Guanjun Shen,
da Universidade Normal de
Nanquim. Ela é baseada na
composição de isótopos (variantes físico-químicas) de
elementos como alumínio e
berílio nos sedimentos da
caverna onde o homem de
Pequim foi encontrado, na
periferia da capital chinesa.
Na opinião do antropólogo
Russell Ciochon (Universidade de Iowa), a descoberta
indica que o gênero Homo se
adaptou a muitas condições
locais por meio da sua tecnologia e sociedade -mesmo
"sem o benefício da linguagem, cultura simbólica ou
consciência individual".
Texto Anterior: Queimadas: Solo mais ácido e lagos saturados ameaçam biodiversidade Índice
|