São Paulo, domingo, 12 de junho de 2011

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Fósseis contam história de idas e vindas

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE

As pessoas costumam se lembrar do encaixe quase perfeito entre a costa leste da América do Sul e a costa ocidental da África como prova cabal de que os dois continentes já estiveram unidos, mas os indícios vão muito além dessa quebra-cabeças.
No longo vaivém das placas tectônicas, durante o qual supercontinentes se formaram e se esvaíram várias vezes desde que a crosta terrestre se formou, terras africanas e sul-americanas estiveram juntas pela última vez há cerca de 200 milhões de anos.
Era o supercontinente de Gondwana, que também abrangia Antártida, Austrália, Índia, península Arábica e a ilha de Madagáscar.
Nessa fase, em plena Era dos Dinossauros, a união desses continentes fica clara por causa de répteis extintos e de semelhanças em espécies modernas ""a deriva continental acabou deixando "parentes" separados pelo mar.
Pouco a pouco, os cacos de Gondwana foram tomando caminhos separados, não sem passar longo tempo como massas de terra extremamente isolada.
A América do Sul, por exemplo, só foi "colada" ao resto do continente americano há 3 milhões de anos, com a formação do istmo do Panamá. Foi uma ilha durante dezenas de milhões de anos, desenvolvendo uma fauna bizarra de marsupiais, superjacarés e aves gigantes.


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