São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011

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Centro já tem computador de US$ 20 mi

DE SÃO PAULO

O futuro Instituto de Estudos Avançados do Cérebro Alberto Santos Dumont é a maior aposta do complexo do Rio Grande do Norte.
"O objetivo é fazer no Nordeste as pesquisas de ponta que nós já fazemos nos Estados Unidos e na Europa e ainda ir além", diz o neurocientista Miguel Nicolelis, idealizador do projeto.
O local é concebido para permitir análises em tempo real de grandes dados da atividade do cérebro. Algo que demanda investimentos altíssimos em equipamento.
Embora o instituto ainda esteja no papel, o seu supercomputador já está garantido. A Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, doou uma máquina com capacidade de processamento de 46 trilhões de operações por segundo.
O equipamento, que custou US$ 20 milhões (cerca de R$ 34 milhões) e pesa oito toneladas, já está no Rio Grande do Norte, à espera do início das atividades.

CÉREBRO-MÁQUINA
Nicolelis pretende usar o supercomputador para avançar em seus estudos sobre as interações cérebro-máquina.
O neurocientista é referência na área e já conseguiu fazer com que macacos controlassem um braço robô, além de outros dispositivos, usando a força da mente.
No Brasil, os estudos envolverão humanos, que participarão de um monitoramento indolor.
As pessoas se acomodarão em um dispositivo, parecido com os antigos secadores de cabelo dos salões de beleza, e controlarão um ambiente de realidade virtual apenas com seus pensamentos.
No plano virtual, poderão mexer em tudo.
Ao mesmo tempo, suas atividades serão recolhidas e processadas em tempo real pelo supercomputador.
"A quantidade de informação gerada será incrível. Acredito que teremos excelentes resultados", diz Nicolelis. (GM e SR)


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