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BIOTECNOLOGIA
Pesquisa de campo vai avaliar o impacto ambiental de vegetal
Embrapa testa feijão transgênico
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ibama (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) concedeu
ontem licença ambiental para a
Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária) iniciar
testes de campo com o feijão geneticamente modificado resistente ao vírus do mosaico dourado.
Essa foi a segunda autorização
do Ibama para a pesquisa em
campo com organismos geneticamente modificados. A primeira
foi dada em outubro do ano passado, também para um produto
desenvolvido pela Embrapa, o
mamão transgênico.
De acordo com o presidente do
Ibama, Marcus Barros, há mais 37
pedidos de licenciamento ambiental para pesquisa em áreas
abertas no instituto.
A pesquisa com o feijão resistente ao mosaico dourado teve
início em 1991. A doença, que é
transmitida pela mosca branca, é
considerada uma das principais
pragas nas culturas brasileiras de
feijão. Com o controle da doença,
a produção de feijão poderá crescer, no mínimo, 20%.
O feijão resistente à doença foi
desenvolvido a partir da introdução na planta de um gene do próprio vírus, que funciona como
uma espécie de vacina.
"Em três anos teremos condições de fornecer à sociedade dados científicos sobre os impactos
dos transgênicos no meio ambiente e na saúde do consumidor,
o que comprova que o setor público está preparado para acompanhar os avanços tecnológicos,
respeitando os princípios da precaução", afirmou o pesquisador
da Embrapa responsável pela pesquisa, Francisco Aragão.
De acordo com Aragão, os testes abrirão caminho para a introdução de outros genes no feijão,
como o que aumenta a resistência
da planta à seca.
Devido à criação do feijão transgênico, Aragão e seu colega Josias
Corrêa de Faria foram agraciados
neste ano com o prêmio cientifico
Péter Murányi 2004/Alimentação.
O valor do prêmio é de R$ 125 mil,
o maior do Brasil na categoria
científica, de acordo com os seus
organizadores.
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