São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 2006

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Conferências mudam a rotina de capital do PR

DIMITRI DO VALLE
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA

As duas conferências da ONU promovidas em Curitiba estão mobilizando voluntários, motoristas de ônibus, taxistas, funcionários de aeroporto, comerciantes e hoteleiros. Mais de 10 mil pessoas foram treinadas para o evento.
Estações de ônibus receberam cartazes de divulgação em inglês e português. Painéis espalhados pelas ruas em vários idiomas, como o russo e o árabe, expõem à população a importância das conferências.
"Do ponto de vista internacional, é o maior evento que a cidade sediará", diz o coordenador da Comissão Executiva Local de Preparação da COP-8/MOP-3, Ramiro Wahrhaftig.
Cerca de R$ 6,6 milhões foram investidos para melhorar o trânsito de Curitiba. A mudança envolve a instalação de 145 placas turísticas bilíngües, com dados sobre como chegar a prédios históricos e parques.
Segundo a Prefeitura, os cerca de 5.000 conferencistas aguardados, entre ministros de Estado de 187 países, ambientalistas e cientistas, terão praticamente um voluntário particular. Mais de 5.000 pessoas se inscreveram para recepcionar as delegações no aeroporto, além de trabalhar nos pavilhões de conferências, hotéis e na divulgação de informações turísticas, de segurança e saúde sobre a cidade e o Estado.
Os motoristas de ônibus e taxistas passaram por treinamento desde o final do ano passado para entender quem são os visitantes e o trabalho deles envolvendo o ambiente.
Passaram pelas mesmas aulas funcionários da Infraero, das lojas do aeroporto, fiscais do transporte coletivo e comerciantes de shoppings. A estimativa é de que, no total, o treinamento tenha atraído cerca de outras 4.000 pessoas.
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, diz acreditar que movimentos sociais, como Via Campesina, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e Greenpeace, terão uma participação tranqüila nas duas conferências.
Cerca de mil policiais civis e militares vão ser deslocados para as ruas no patrulhamento e para tentar evitar congestionamentos no acesso aos locais das reuniões.
As polícias do Estado e a Polícia Federal, responsável pela segurança das autoridades estrangeiras, vão trabalhar em conjunto numa central de inteligência montada no auditório do comando geral da Polícia Militar do Paraná.


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