São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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Dano à fauna é 4 vezes o previsto no golfo, diz pesquisa

Tamanho do vazamento de óleo é o dobro do estimado, e impacto sobre a natureza cresce exponencialmente

Estão em risco animais como o atum, o peixe-espada e o pelicano; governo americano já gastou US$ 140 milhões

DA ASSOCIATED PRESS

Com novas estimativas apontando que a quantidade de petróleo que continua vazando no golfo do México pode ser duas vezes maior do que o estimado originalmente, o risco a que estão expostos aves, peixes e outros animais da região pode até quadruplicar, dizem cientistas.
O cálculo é de Paul Montagna, biólogo da Universidade A&M no Texas. O efeito do óleo na biodiversidade não é linear, diz ele.
As estimativas anteriores indicavam que 378 milhões de litros já tinham vazado no golfo. Acredita-se agora que esse número seja 150 milhões de litros maior.
Pelos novos dados, divulgados pelo Serviço Geológico dos EUA, órgão vinculado ao governo americano, o acidente do golfo do México cria o equivalente de um desastre como o do Exxon Valdez, de 1989, a cada dez dias, aproximadamente. Esse era, até agora, o pior desastre ambiental da história dos EUA.
Especialmente em risco estão "peixes bicudos" como o marlim, o peixe-vela e o peixe-espada, além do atum. Entra também na lista uma ave, o pelicano-marrom.
O governo americano anunciou já ter gasto US$ 140 milhões para conter o vazamento, ainda que a BP seja "financeiramente responsável por todos os prejuízos causados pelo derramamento", nas palavras de Thad Allen, da Guarda Costeira.


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