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Dano à fauna é 4
vezes o previsto no
golfo, diz pesquisa
Tamanho do vazamento de óleo é o dobro do estimado, e impacto sobre a natureza cresce exponencialmente
Estão em risco animais como o atum, o peixe-espada e o pelicano; governo americano já gastou US$ 140 milhões
DA ASSOCIATED PRESS
Com novas estimativas
apontando que a quantidade
de petróleo que continua vazando no golfo do México pode ser duas vezes maior do
que o estimado originalmente, o risco a que estão expostos aves, peixes e outros animais da região pode até quadruplicar, dizem cientistas.
O cálculo é de Paul Montagna, biólogo da Universidade A&M no Texas. O efeito
do óleo na biodiversidade
não é linear, diz ele.
As estimativas anteriores
indicavam que 378 milhões
de litros já tinham vazado no
golfo. Acredita-se agora que
esse número seja 150 milhões
de litros maior.
Pelos novos dados, divulgados pelo Serviço Geológico
dos EUA, órgão vinculado ao
governo americano, o acidente do golfo do México cria
o equivalente de um desastre
como o do Exxon Valdez, de
1989, a cada dez dias, aproximadamente. Esse era, até
agora, o pior desastre ambiental da história dos EUA.
Especialmente em risco estão "peixes bicudos" como o
marlim, o peixe-vela e o peixe-espada, além do atum.
Entra também na lista uma
ave, o pelicano-marrom.
O governo americano
anunciou já ter gasto US$ 140
milhões para conter o vazamento, ainda que a BP seja
"financeiramente responsável por todos os prejuízos
causados pelo derramamento", nas palavras de Thad
Allen, da Guarda Costeira.
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