São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Situação é pior ainda ao sul do equador

RAFAEL GARCIA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Enquanto cientistas dos EUA lutam para manter o monitoramento de asteroides no céu do hemisfério Norte, no hemisfério Sul a situação é bem mais precária, diz uma astrônoma brasileira que se dedica ao tema.
"Existe um projeto de varredura do céu na Austrália [no Observatório de Siding Spring], que está sendo desativado agora; é o único que estava efetivamente monitorando o hemisfério Sul", diz Daniela Lazzaro, do Observatório Nacional, no Rio.
A única iniciativa que existe agora no céu abaixo do equador é um telescópio do Uruguai, no Observatório Los Molinos, que não é tão bom para descobrir novos objetos -é usado mais para acompanhar cometas e asteroides já descobertos.
"A maioria dos objetos que são descobertos no hemisfério Norte se perde no céu do Sul, porque não tem ninguém para prosseguir com a observação", diz Lazzaro, coordenadora da assembleia da União Astronômica Internacional, que ocorre no Rio.
A pesquisadora tenta agora resolver trâmites burocráticos para instalar um telescópio alemão em Motoxó (PE), o Impacton, de um metro de largura. O projeto será dedicado apenas ao acompanhamento de asteroides.
"Era para o telescópio já estar funcionando", diz a cientista. "Foram abertas concorrências para as quais ninguém se candidatou. Mas, quando as obras começarem, em dois meses o telescópio estará operando."


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