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Aquecimento seca lagos do Alasca, afirma estudo
Redução foi detectada em 10 mil corpos d'água
DA REDAÇÃO
Um estudo feito com imagens aéreas e de satélite coletadas ao longo de mais de 50 anos
acaba de identificar as novas vítimas do aquecimento global:
os lagos glaciais da América do
Norte. De 1950 a 2002, mais de
10 mil desses corpos d'água diminuíram de tamanho ou secaram completamente em nove
regiões do Alasca.
A estimativa foi feita por um
trio de cientistas da Universidade do Alasca em Fairbanks,
EUA, e publicada no periódico
"Geophysical Research". Eles
dizem que a área dos lagos em
cada uma das regiões caiu entre
31% e 4% no período, acompanhando a elevação da temperatura na região. O ressecamento
dos lagos foi acelerado a partir
dos anos 1970.
A perda de água ocorreu sobretudo nas regiões baixas e interiores do Estado, que também experimentaram no período verões mais longos, maior
derretimento do permafrost
(solo congelado, que ocorre em
faixas descontínuas nas zonas
onde os lagos estão sumindo) e
maior evaporação.
Não houve mudança no regime de chuvas da região, o que
leva os cientistas a crer que o
nível do lençol freático no Alasca esteja abaixando.
Isso tem conseqüências potencialmente devastadoras para o clima da Terra. Regiões polares, como o Alasca, estocam
grande quantidade de carbono
e metano em seus solos, na forma de matéria vegetal morta
cuja decomposição é impedida
pelo frio e pela água. Exposto
ao ar, o solo ártico é atacado
com voracidade por bactérias, o
que libera mais carbono ainda
para a atmosfera, agravando o
efeito estufa.
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