|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Caranguejos
escapam das
limitações
FREE-LANCE PARA A
AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Presente na lista de animais ameaçados, o caranguejo guaimum -também
conhecido popularmente
como guaiamu, goiamum
ou goiamu, mas cujo nome
científico é Cardisoma guanhumi- vai receber tratamento especial do Ibama.
Ao contrário do que deve
ocorrer com as outras espécies do estudo, não haverá
proibição ou qualquer norma que limite a pesca do
animal.
O motivo é que o guaimum é de extrema importância para cerca de 1 milhão
de pessoas, que, segundo o
Ibama, vivem da sua coleta
em manguezais.
"Se incluíssemos o animal
na lista, as pessoas que vivem da coleta teriam de ser
presas por crime ambiental", disse o presidente do
instituto, Rômulo Mello.
O fator que mais acarretou
na redução da população do
guaimum é a chamada sobrepesca -ou seja, coleta
excessiva.
Um dos locais em que o fato ocorre é a praia do Futuro, em Fortaleza, diz Mello.
Lá, os moradores coletam o
caranguejo e o vendem por,
em média, R$ 0,15. Com o
preço baixo, disse o presidente do Ibama, o pescador
é obrigado a coletar grandes
quantidades do guaimum
para conseguir se sustentar.
É nesse ponto que o instituto pretende inicialmente
atuar, provocando uma ligeira "inflação" no preço do
caranguejo, para tentar contornar o problema. "Temos
que conseguir um meio de
organizar essa coleta, não de
proibi-la", afirmou.
Mello lembra também que
os manguezais vêm sendo
atingidos por desastres ambientais, o que, juntamente
com a coleta sem limites,
tem colocado o caranguejo
na situação em que está.
O risco em que está o guaimum é relativamente o mais
baixo entre os que se encontram relacionados na lista
dos ameaçados.
(LW)
Texto Anterior: Ambiente: Brasil tem 627 animais sob risco de sumir Próximo Texto: Caso INPE: Peça nacional atende requisito, diz empresa Índice
|