São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PANORÂMICA MEDICINA Grupo dos EUA induz neurônios a se multiplicarem sem parar em laboratório Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto uma maneira de fazer com que células do cérebro se reproduzam indefinidamente em laboratório -um passo importante para tratar doenças neurodegenerativas, como os males de Alzheimer e Parkinson. Segundo o neurocientista Bjorn Scheffler, o processo envolve uma imitação do processo natural por meio do qual células-tronco do cérebro (capazes de se transformar em outros tipos de célula) orquestram a regeneração parcial do órgão ao longo da vida. "Nosso estudo mostra pela primeira vez o processo inteiro", disse Scheffler. Não é a primeira vez que os cientistas mostram que células-tronco podem ser manipuladas em laboratório para produzir células nervosas maduras. "Mas ninguém tinha sido capaz de replicar o processo do primeiro ao último passo -é uma coisa única ver a coisa toda acontecendo diante dos seus olhos", afirma. O estudo, publicado na revista científica americana "PNAS" (www.pnas.org), foi feito com camundongos, mas o grupo diz acreditar que é só questão de tempo até que resultados semelhantes sejam obtidos em seres humanos. De fato, os achados sugerem que é viável criar uma linha de montagem, capaz de produzir quantidades ilimitadas de neurônios a partir de células-tronco do próprio cérebro, diz Scheffler. "Podemos basicamente pegar essas células e congelá-las até precisarmos delas." Dennis Steindler, líder do grupo da Universidade da Flórida, disse que a vantagem da técnica residia em sua capacidade de identificar o tipo certo de célula-tronco no cérebro. "Usamos um microscópio especial que nos permite observar células vivas durante longos períodos. Então, nós realmente vimos o processo." (DO "INDEPENDENT") Texto Anterior: Cientistas encontram 1º planeta terrestre Próximo Texto: Botânica: Israel faz fruto de palmeira de 2.000 anos germinar Índice

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