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Graduação não tradicional complica entrada no mercado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE SÃO PAULO
Quando a formação na
graduação já é multidisciplinar, a vida dos potenciais
candidatos a concursos públicos fica ainda mais difícil.
É isso que acontece com
Antonio Guimarães, formado
em ciências moleculares pela
USP. Ele fez pós-graduação
(mestrado, doutorado e pós-doutorado) em física.
"Tive problemas em um
concurso da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo],
em que o edital exigia graduação em física", conta.
Ele submeteu sua inscrição e, depois de ter sido negada, recorreu. Mas perdeu o
recurso. "Só quando reclamei com o reitor aceitaram
minha inscrição", revela.
História parecida aconteceu com Daniel Kerr, também formado em ciências
moleculares. Ele foi contratado como professor na Udesc
(Universidade do Estado de
Santa Catarina), mas se deu
mal quando tentou uma vaga
para efetivo de química e bioquímica aplicada.
A exigência era graduação
em "engenharia ambiental,
sanitária ou química, bacharelado em química ou química industrial ou áreas afins".
"Eu me enquadrava como
áreas afins. Mas minha inscrição não foi homologada
sob justificativa de que ciências moleculares não é afim à
química", explica.
Para Kerr, o pano de fundo
desses problemas são os editais mal escritos. "Um departamento pode delimitar o
perfil de um profissional,
mas não deve usar a homologação para restringir candidatos", conclui.
(LGB e SR).
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