São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2008

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PALEONTOLOGIA

Ancestral de elefantes vivia na água, diz análise química

"PNAS"
Ilustração mostra como teria sido o Moeritherium, ancestral comum dos elefantes e peixes-boi


DA REDAÇÃO

Que os elefantes e os peixes-boi são parentes próximos os cientistas já sabiam. O que ainda era motivo de debate era a origem dos dois grupos. Um estudo publicado hoje sugere que o ancestral comum de ambos viveu há cerca de 37 milhões de anos e tinha um estilo de vida anfíbio -ou seja, os elefantes ganharam a terra e os peixes-boi se mudaram de vez para a água em sua evolução.
Um trio de cientistas liderados por Alexander Liu, da Universidade de Oxford (Reino Unido), resolveu a questão que atormentava os paleontólogos ao analisar a composição química de dentes fossilizados de dois possíveis ancestrais dos elefantes: o Moeritherium e o Barytherium, que viveram no Eoceno (de 56 milhões a 35 milhões de anos atrás).
Embora o formato do crânio do Moeritherium tenha elementos em comum com o de animais aquáticos ou semiaquáticos, essas características também são observadas em animais terrestres.
Para tirar a teima, Liu e seus colegas resolveram olhar mais a fundo para os dentes dos fósseis. O grupo analisou a proporção de um tipo mais pesado de átomo de oxigênio nas amostras. Elas tinham níveis menores desse átomo, o O-18, relacionados a ambientes aquáticos. O estudo do ambiente onde os fósseis estavam também concluiu que os bisavós dos elefantes viviam em rios.


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