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Projeto será
teste para
setor elétrico
DA REDAÇÃO
Com as usinas do Tapajós, o governo espera suavizar a oposição dos ambientalistas e ao mesmo
tempo aproveitar o potencial de geração de energia
da Amazônia.
Para isso, inspirou-se na
forma como as plataformas de petróleo são feitas
e operadas. A ideia é evitar
a explosão das cidades e do
desmatamento, até hoje
consequência obrigatória
da construção de usinas.
Segundo o ministro de
Minas e Energia, Márcio
Zimmermann, o conceito
de usina-plataforma nasceu de "uma constatação
de realidade": há muito
potencial para explorar
em áreas não antropizadas, mas ninguém quer
mais o desenvolvimento
predatório da Amazônia.
"Você já viu nascer alguma cidade em uma plataforma marítima?"-questiona. Segundo ele, a construção seria feita de forma
a impactar só a área do
canteiro de obras, que seria depois abandonada para a regeneração da mata.
A operação posterior
das usinas-plataforma seria feita remotamente. "Isso inclusive reduz o custo", diz Zimmermann.
O presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo
Mello, diz que as áreas
protegidas do rio Jamanxim foram criadas quando
as usinas já estavam em
estudo, em 2006. "Já se sabia do risco." Ele diz que as
usinas-plataforma ainda
precisam ser "objetivadas", mas que é simpático
à ideia. "As duas áreas podem ganhar."
(CA)
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