São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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Corte de custos levou a vazamento no golfo

EUA culpam BP e terceirizadas por vazamento de 5 milhões de barris de petróleo em 2010

Win McNamee - 10.jun.2010/France Presse
Pelicano sujo de petróleo chega a praia de uma ilha da Louisiana, nos EUA, após acidente ocorrido no golfo do México

RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

A cultura empresarial de reduzir custos de produção sem avaliar os riscos implicados foi o pano de fundo do maior derramamento marinho de petróleo da história.
Esse foi o tom do relatório final do governo dos EUA sobre as investigações do acidente de abril de 2010 no golfo do México, que responsabiliza a companhia BP e suas parceiras pelo desastre.
O acidente, diz o relatório, "foi resultado de um gerenciamento de riscos pobre, mudanças de planos em cima da hora, controle inadequado do poço e treinamento insuficiente para situações de emergência".
A junta de investigação responsável pelo documento confirmou que a causa do desastre foi uma barreira de cimento mal construída. A explosão que matou 11 técnicos e desencadeou o vazamento de quase 5 milhões de barris de petróleo, porém, não teria ocorrido sem o acúmulo de procedimentos negligenciados pela BP, pela Transocean (empresa dona do poço) e pela Halliburton (terceirizada que cimentou a tubulação).
A BP divulgou ontem um comunicado de imprensa afirmando que "concorda" com as conclusões do relatório. "Continuamos a encorajar as outras partes a reconhecerem suas responsabilidades no acidente", afirma.


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