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São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

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Promessa é refazer tecidos e órgãos lesados

DA REDAÇÃO

As células-tronco embrionárias se tornaram uma esperança porque, com sua capacidade de se diferenciar em centenas de outros tipos de célula do corpo, têm grande potencial para contribuir no tratamento de doenças degenerativas, como o mal de Parkinson.
O problema é que elas são tão promissoras quanto polêmicas. A reação a esse gênero de pesquisa decorre do fato de ele implicar a destruição de embriões humanos, para obtenção da massa de células da qual se derivam as linhagens de células-tronco embrionárias que podem ser cultivadas por longos períodos no laboratório e, como esperado, "reprogramar" o tecido doente.
A reação partiu sobretudo de grupos religiosos e outros setores sociais que, engajados na luta antiaborto, não aceitam a destruição dos embriões (como diz a Lei de Biossegurança de 1995, que eles sejam usados "como material biológico disponível"), sob o argumento de que já são vidas humanas.
Os cientistas discordam. Um dos argumentos mais usados é que há centenas, provavelmente milhares de embriões congelados nas clínicas de reprodução assistida. Acredita-se que eles nunca serão usados por seus "pais". Ajudar pesquisas que poderiam salvar vidas seria eticamente melhor do que mantê-los congelados.
Para complicar o problema ético, a obtenção de células-tronco embrionárias faria mais sentido se acoplada com outra técnica polêmica, a clonagem. A idéia é produzir embriões clonados dos próprios doentes, pois as células-tronco obtidas carregariam o mesmo patrimônio genético do paciente e não causariam rejeição.


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