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SAIBA MAIS
Promessa é refazer tecidos e órgãos lesados
DA REDAÇÃO
As células-tronco embrionárias se tornaram uma esperança porque, com sua capacidade
de se diferenciar em centenas
de outros tipos de célula do
corpo, têm grande potencial
para contribuir no tratamento
de doenças degenerativas, como o mal de Parkinson.
O problema é que elas são tão
promissoras quanto polêmicas. A reação a esse gênero de
pesquisa decorre do fato de ele
implicar a destruição de embriões humanos, para obtenção da massa de células da qual
se derivam as linhagens de células-tronco embrionárias que
podem ser cultivadas por longos períodos no laboratório e,
como esperado, "reprogramar" o tecido doente.
A reação partiu sobretudo de
grupos religiosos e outros setores sociais que, engajados na
luta antiaborto, não aceitam a
destruição dos embriões (como diz a Lei de Biossegurança
de 1995, que eles sejam usados
"como material biológico disponível"), sob o argumento de
que já são vidas humanas.
Os cientistas discordam. Um
dos argumentos mais usados é
que há centenas, provavelmente milhares de embriões congelados nas clínicas de reprodução assistida. Acredita-se que
eles nunca serão usados por
seus "pais". Ajudar pesquisas
que poderiam salvar vidas seria
eticamente melhor do que
mantê-los congelados.
Para complicar o problema
ético, a obtenção de células-tronco embrionárias faria mais
sentido se acoplada com outra
técnica polêmica, a clonagem.
A idéia é produzir embriões
clonados dos próprios doentes,
pois as células-tronco obtidas
carregariam o mesmo patrimônio genético do paciente e
não causariam rejeição.
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