|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dupla tenta provar elo entre espécies
DA REDAÇÃO
Não é de hoje que o antropólogo americano Erik
Trinkaus e o arqueólogo
português João Zilhão
tentam demonstrar que
houve mistura entre populações de Homo sapiens
e de Homo neanderthalensis na Europa há mais de
30 mil anos.
Eles inclusive chegaram
a apresentar à comunidade científica um suposto
híbrido, o fóssil de uma
criança de 24,5 mil anos de
idade desenterrado no vale do Lapedo, em Portugal.
O fóssil do chamado
"menino do Lapedo" foi
descrito em 1999, na mesma "PNAS" que publica
hoje o crânio romeno.
Seus ossos eram mais robustos que a média dos ossos de Homo sapiens, o que
levava a crer na hipótese
(nada absurda, a princípio) de miscigenação. Aos
poucos, os neandertais foram "incorporados" às populações modernas.
Desancado por especialistas em neandertais -segundo os quais o menino
não passava de uma criança sapiens atarracada-,
ele foi analisado minuciosamente em um livro publicado em 2003, que reuniu 30 especialistas.
A reconstituição do crânio, que seria a peça-chave
para afirmar o "status" de
híbrido da criança, ficou a
cargo de Marcia Ponce e
Christoph Zollikofer, antropólogos computacionais da Universidade de
Zurique que também analisam o novo crânio. Mas
não deu nenhuma evidência conclusiva de mistura.
Texto Anterior: Crânio mostra mistura de homem com neandertal Próximo Texto: Biotecnologia: Galinha transgênica escocesa produz drogas anticâncer Índice
|