São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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Pesquisa também foi justificativa na Segunda Guerra

DE SÃO PAULO

Além das técnicas de tortura usadas nos interrogatórios, a ciência também contribuiu para a experimentação humana. Ou seja, pessoas no lugar de cobaias, em tempos de guerra.
Um exemplo disso, lembrado por Rose Nogueira, presidente da ONG "Tortura Nunca Mais", foi promovido pelo cientista e médico alemão Josef Mengele, conhecido por seus experimentos com judeus nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra.
Relatos de sobreviventes indicam que a "obsessão científica" de Mengele eram os irmãos gêmeos.
Um desses relatos é de Eva Geiringer, sobrevivente do holocausto e autora de "A História de Eva" (Ed. Record, 2010), lançado há pouco tempo no Brasil.
Ela descreve que os métodos de experimentação humana de Mengele eram bastante conhecidos nos campos. Mesmo sem ter irmãos gêmeos, Fritzi, mãe de Eva, foi escolhida por ele para suas experimentações.
Por sorte -e com a ajuda de uma prima enfermeira que era da equipe do médico-, ela escapou dos experimentos e saiu com vida do campo de Birkenau.
Fritzi acabou se casando com o também sobrevivente Otto Frank, pai de Anne Frank, que ficou conhecida após a publicação do seu "Diário de Anne Frank" (Ed. Record, 2000).
"Quem permitiu a tortura é tão criminoso quanto quem a praticou", analisa a presidente da ONG.(SR)


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